O tempo passou rápido desde a última vez que escrevi neste registro diário, mas agora sinto que este ano escoará lentamente... A situação crítica nas planícies à leste da Muralha Trançada, com hordas de goblins dominando a região, nos fazem pensar que estamos diante de outra guerra iminente contra a Ameaça Maquinal. Mas fundamos nossa morada e a fortificamos, e três anos se passaram e não sofremos sequer um único ataque...
Apesar das festas que ocasionalmente damos para animar à todos, posso sentir que nos tornamos gradativamente mais calados, como quem se prepara para um impacto no escuro. Foi assim, nessa incerteza angustiante que descobri que existe um inimigo ainda mais insidioso e cruél que os goblins: o silêncio!
Este ano fui convocado para me tornar o feitor de Sacovelho. Quando nossa expedição chegou ao seu destino e fundamos o forte, nosso líder expedicionário não tinha mais uma função tangível. Naturalmente, ele decidiu seguir com a administração local, apesar de não constar formalmente de suas obrigações. Foi assim que criamos a figura do feitor: um cargo extraoficial e anual, na qual escolhemos alguém competente para administrar Sacovelho de modo geral e mais meticuloso do que lhes permite o devaneio dos nobres
Eu recusaria, se pudesse, mas o estado das coisas em Sacovelho urge que nos preparemos para a guerra iminente e - considerando que no ano passado vimos o esfacelamento da compartimentalização das oficinas de trabalho (individualizadas para nos proteger caso algum artíficie se visse tomado por estranhos humores), bem como o total bloqueio da passagem das caravanas até nosso entreposto comercial - decidi que era melhor tomar as rédeas da situação!
Assim que começou o mês de Granito, comecei minha nova função. Primeiramente comandei que nossos peões removessem o estranho arranjo de portas e paredes que fizeram na entrada do entreposto - mesmo após vários rabiscos tentando viabilizar uma entrada para as caravanas comerciais, ficou claro que do jeito que estava, era intransponível:
Destruídas as paredes, nos voltamos para o problema de acomodação: Há três anos éramos apenas sete anões, e agora temos um efetivo superior a cem barbas - notícias dos nossos feitos em Sacovelho atraíram diversos refugiados dos ermos e regiões montanhesas d'O Dedo dos Zênites e da Muralha Trançada.
Começamos então as escavações para criação de mais acomodações para os habitantes que já vivem em Sacovelho, e os que estão por vir. Sacovelho será o coração do reino da Relíquia da Adoração!
Este ano fui convocado para me tornar o feitor de Sacovelho. Quando nossa expedição chegou ao seu destino e fundamos o forte, nosso líder expedicionário não tinha mais uma função tangível. Naturalmente, ele decidiu seguir com a administração local, apesar de não constar formalmente de suas obrigações. Foi assim que criamos a figura do feitor: um cargo extraoficial e anual, na qual escolhemos alguém competente para administrar Sacovelho de modo geral e mais meticuloso do que lhes permite o devaneio dos nobres
Eu recusaria, se pudesse, mas o estado das coisas em Sacovelho urge que nos preparemos para a guerra iminente e - considerando que no ano passado vimos o esfacelamento da compartimentalização das oficinas de trabalho (individualizadas para nos proteger caso algum artíficie se visse tomado por estranhos humores), bem como o total bloqueio da passagem das caravanas até nosso entreposto comercial - decidi que era melhor tomar as rédeas da situação!
~♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎~
Assim que começou o mês de Granito, comecei minha nova função. Primeiramente comandei que nossos peões removessem o estranho arranjo de portas e paredes que fizeram na entrada do entreposto - mesmo após vários rabiscos tentando viabilizar uma entrada para as caravanas comerciais, ficou claro que do jeito que estava, era intransponível:
Destruídas as paredes, nos voltamos para o problema de acomodação: Há três anos éramos apenas sete anões, e agora temos um efetivo superior a cem barbas - notícias dos nossos feitos em Sacovelho atraíram diversos refugiados dos ermos e regiões montanhesas d'O Dedo dos Zênites e da Muralha Trançada.
Começamos então as escavações para criação de mais acomodações para os habitantes que já vivem em Sacovelho, e os que estão por vir. Sacovelho será o coração do reino da Relíquia da Adoração!
No começo ano começamos diversas obras simultaneamentes. Com o objetivo de tornar o forte mais resistente à longos cercos, estamos aumentando as acomodações e construindo um sistema de abastecimento de água interno. Paralelamente Likot, o pedreiro, começou a construção de uma Devastadora Atômica Duárfica.
Poucos engenhos mecânicos nos são mais caros que uma Devastadora Atômica Duárfica. Não é um mero compactador de lixo primitivo, como a dos humanos, tampouco uma imunda composteira élfica. Nossas Devastadoras Atômicas fazem uso da impressionante força das pontes levadiças duárficas para aniquilar qualquer coisa depositada embaixo dela rumo ao oblívio.
Nossos sistema de abastecimento de água consiste em canais para desviar água de lagos e do rio até uma reservatório, abaixo de um salão com cinco poços artesianos. O projeto foi um sucesso e agora não precisamos perder tempo e nos arriscar em longas caminhadas na superfície para coletar água. No entanto até a primeira metade da primavera só havíamos finalizado a primeira etapa deste projeto.
Sua segunda etapa, iniciada logo depois, consistiu em escavar um sistema similar - embora menor - quase uma centena de níveis abaixo do solo. Em 52, meu bom amigo Phillipe ficou preso e isolado enquanto trabalhava numa escavação na metade das escadarias que levam às minas profundas. Esquecido e desidratado ele pereceu sozinho, num buraco nas profundezas da terra... Jurei que jamais deixaria algo assim acontecer novamente. Foi pensando nisso que recomendei a construção da segunda etapa do abastecimento de água, assim, espero que ninguém mais morra de sede na escudirão das minas.
No entanto, não foi sem perigo que conseguimos concluir estes projetos: Um equívoco na ordem das tarefas a serem cumpridas acabou por fazer com que a porta que controla a entrada de água no reservatório, na primeira etapa do abastecimento, trancasse dois anões nos canais de água, justamente no momento em que estavam inundando o local.
Gestal, um dos anões encarregados dos canais, ficou para trás, incapaz de vencer a força das torrentes de água que rapidamente enchiam o local. Um dos anões alcançou a porta, apenas para descobrir que estava trancada. Enquanto ele batia à porta desesperado, outro anão se dirigiu len-ta-men-te até a alavanca de controle, salvando-o no último segundo. Mas Gestal ficara para trás!
O infeliz do anão foi arrastado em direção ao lago mais próximo e, quando toda esperança havia acabado, eis que Gestal desponta, esbaforido, mas ileso, na superfície do lago. Naquela noite todos celebramos com uma festa, regada à muita cerveja duárfica e gargalhadas sobre a forma épica como o anão escapou da perigosa empreitada.
Dia 28 de Ardósia chegaram mais imigrantes, e nossos esforços com as novas acomodações foram recompensados. Poucos dias depois concluímos a segunda etapa do abastecimento de água, começamos a construção de uma torre de vigília nas muralhas externas da citadela, a construção de mais quartos e oficinas, bem como iniciamos a prospecção de uma nova área apenas para as forças militares.
E nenhum ataque goblin aconteceu...
No dia 17 de Hematita, uma caravana humana passou por perto, mas seguiu caminho alegando que a passagem estava intransponível. Mas como? Pela minha barba! Por acaso não mandei que retirassem os entulhos desnecessários? Aparentemente havia ainda uma armadilha deixada em frente à entrada. Corremos para tirá-la e felizmente a caravana deu meia volta e se instalou no entreposto comercial.
Também começamos as escavações de uma nova área para produção aglícola, para expandir a variedade de cultivo. Para tanto construímos um sistema de irrigação que desviava parte da água de lagos acima, para irrigar o solo subterrâneo. No futuro espero que possamos remanejar todas as plantações para estas câmaras.
No meio do mês de Calcário, nossos compatriotas chegaram ao entreposto comercial. O líder da caravana nos informou que o mundo estava como sempre, sem grandes acontecimentos recentes. Fizemos uma lucrativa transação comercial e abastecemos nosso forte com provisões importadas. Poucos dias depois mais imigrantes chegavam. Bem a tempo de formarmos nosso primeiro esquadrão de atiradores de elite.
O inverno se aproximara, junto com o fechamento de um ano longo, pacífico mais prolífico. Perto do fim Zas Dumatakur - o ferreiro - e Tossid Athelnebél - o mercador - foram tomados por uma disposição visionária e criaram, respectivamente, Stettadamost Gasìslorbam - a jaula de zinco - e Meban Gorroth - uma estatueta de carvalho de Álat Alvoesmorecer.
Criamos também nosso primeiro esquadrão de arqueiros, que escolheram para si o viril nome de Desfrute Turquesa. Os mesmos foram ordenados à uma rotina de treinamentos intensos na nova caserna, localizada no ponto mais alto do morro de Sacovelho. A nova caserva compreende espaços para treinos, alojamentos e refeitório, além de sua própria fonte de água. Também possui janelas fortificadas nas laterais do morro, que possibilitam que os arqueiros ataquem qualquer invasor entre a caserna e a torre de vigília. Por fim, a mesma possui um portão protegido por uma ponte levadiça, através do qual as tropas de infantaria podem engajar qualquer inimigo no campo imediatamente.
Nossas últimas obras incluiram um novo salão, abaixo da nova área de plantio, que contém oficinas, ateliês e depósitos, agrupados numa disposição de acordo com o tipo de materia-prima que utilizam e com o tipo de manufatura ou engenho que produzem. Também fizemos um amplo salão de três andares de altura, sendo que o mais alto possui quatro varandas, mas que não estão sendo utilizadas ainda.
O ano acabou, e com ele meu mandato. Abaixo, reproduzo meus rascunhos das alterações feitas no forte, espero que sejam de grande valia para meu sucessor...
Poucos engenhos mecânicos nos são mais caros que uma Devastadora Atômica Duárfica. Não é um mero compactador de lixo primitivo, como a dos humanos, tampouco uma imunda composteira élfica. Nossas Devastadoras Atômicas fazem uso da impressionante força das pontes levadiças duárficas para aniquilar qualquer coisa depositada embaixo dela rumo ao oblívio.
Nossos sistema de abastecimento de água consiste em canais para desviar água de lagos e do rio até uma reservatório, abaixo de um salão com cinco poços artesianos. O projeto foi um sucesso e agora não precisamos perder tempo e nos arriscar em longas caminhadas na superfície para coletar água. No entanto até a primeira metade da primavera só havíamos finalizado a primeira etapa deste projeto.
Sua segunda etapa, iniciada logo depois, consistiu em escavar um sistema similar - embora menor - quase uma centena de níveis abaixo do solo. Em 52, meu bom amigo Phillipe ficou preso e isolado enquanto trabalhava numa escavação na metade das escadarias que levam às minas profundas. Esquecido e desidratado ele pereceu sozinho, num buraco nas profundezas da terra... Jurei que jamais deixaria algo assim acontecer novamente. Foi pensando nisso que recomendei a construção da segunda etapa do abastecimento de água, assim, espero que ninguém mais morra de sede na escudirão das minas.
No entanto, não foi sem perigo que conseguimos concluir estes projetos: Um equívoco na ordem das tarefas a serem cumpridas acabou por fazer com que a porta que controla a entrada de água no reservatório, na primeira etapa do abastecimento, trancasse dois anões nos canais de água, justamente no momento em que estavam inundando o local.
Gestal, um dos anões encarregados dos canais, ficou para trás, incapaz de vencer a força das torrentes de água que rapidamente enchiam o local. Um dos anões alcançou a porta, apenas para descobrir que estava trancada. Enquanto ele batia à porta desesperado, outro anão se dirigiu len-ta-men-te até a alavanca de controle, salvando-o no último segundo. Mas Gestal ficara para trás!
O infeliz do anão foi arrastado em direção ao lago mais próximo e, quando toda esperança havia acabado, eis que Gestal desponta, esbaforido, mas ileso, na superfície do lago. Naquela noite todos celebramos com uma festa, regada à muita cerveja duárfica e gargalhadas sobre a forma épica como o anão escapou da perigosa empreitada.
Dia 28 de Ardósia chegaram mais imigrantes, e nossos esforços com as novas acomodações foram recompensados. Poucos dias depois concluímos a segunda etapa do abastecimento de água, começamos a construção de uma torre de vigília nas muralhas externas da citadela, a construção de mais quartos e oficinas, bem como iniciamos a prospecção de uma nova área apenas para as forças militares.
E nenhum ataque goblin aconteceu...
~♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎♎~
No dia 17 de Hematita, uma caravana humana passou por perto, mas seguiu caminho alegando que a passagem estava intransponível. Mas como? Pela minha barba! Por acaso não mandei que retirassem os entulhos desnecessários? Aparentemente havia ainda uma armadilha deixada em frente à entrada. Corremos para tirá-la e felizmente a caravana deu meia volta e se instalou no entreposto comercial.
Também começamos as escavações de uma nova área para produção aglícola, para expandir a variedade de cultivo. Para tanto construímos um sistema de irrigação que desviava parte da água de lagos acima, para irrigar o solo subterrâneo. No futuro espero que possamos remanejar todas as plantações para estas câmaras.
No meio do mês de Calcário, nossos compatriotas chegaram ao entreposto comercial. O líder da caravana nos informou que o mundo estava como sempre, sem grandes acontecimentos recentes. Fizemos uma lucrativa transação comercial e abastecemos nosso forte com provisões importadas. Poucos dias depois mais imigrantes chegavam. Bem a tempo de formarmos nosso primeiro esquadrão de atiradores de elite.
O inverno se aproximara, junto com o fechamento de um ano longo, pacífico mais prolífico. Perto do fim Zas Dumatakur - o ferreiro - e Tossid Athelnebél - o mercador - foram tomados por uma disposição visionária e criaram, respectivamente, Stettadamost Gasìslorbam - a jaula de zinco - e Meban Gorroth - uma estatueta de carvalho de Álat Alvoesmorecer.
Criamos também nosso primeiro esquadrão de arqueiros, que escolheram para si o viril nome de Desfrute Turquesa. Os mesmos foram ordenados à uma rotina de treinamentos intensos na nova caserna, localizada no ponto mais alto do morro de Sacovelho. A nova caserva compreende espaços para treinos, alojamentos e refeitório, além de sua própria fonte de água. Também possui janelas fortificadas nas laterais do morro, que possibilitam que os arqueiros ataquem qualquer invasor entre a caserna e a torre de vigília. Por fim, a mesma possui um portão protegido por uma ponte levadiça, através do qual as tropas de infantaria podem engajar qualquer inimigo no campo imediatamente.
Nossas últimas obras incluiram um novo salão, abaixo da nova área de plantio, que contém oficinas, ateliês e depósitos, agrupados numa disposição de acordo com o tipo de materia-prima que utilizam e com o tipo de manufatura ou engenho que produzem. Também fizemos um amplo salão de três andares de altura, sendo que o mais alto possui quatro varandas, mas que não estão sendo utilizadas ainda.
O ano acabou, e com ele meu mandato. Abaixo, reproduzo meus rascunhos das alterações feitas no forte, espero que sejam de grande valia para meu sucessor...
Sistema de irrigação de fazendas. Controlado por alavancas no local. |
Salão de plantação agrícola, irrigado pelo sistema acima. |
Poço artesiano nas minas mais profundas. |
Nova caserna para tropas. |
Devastador Atômico Duárfico. |
Poços principais |
Novo salão de oficinas e ateliês |
Salão sem uso. |
Write the english post here